sábado, 18 de maio de 2013


Avaliação de História 3° Ano      Professor: Rodrigo André de Carvalho                   Nota: __________

Nome (completo):___________________________________________Turma:_________

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(ENEM 98)

A figura de Getúlio Vargas, como personagem histórica, é bastante polêmica, devido à complexidade e à magnitude de suas ações como presidente do Brasil durante um longo período de quinze anos (1930- 1945). Foram anos de grandes e importantes mudanças para o país e para o mundo. Pode-se perceber o destaque dado a Getúlio Vargas pelo simples fato de este período ser conhecido no Brasil como a "Era Vargas".

Entretanto, Vargas não é visto de forma favorável por todos. Se muitos o consideram como um fervoroso nacionalista, um progressista ativo e o "Pai dos Pobres", existem outros tantos que o definem como ditador oportunista, um intervencionista e amigo das elites.

 

Considerando as colocações acima, responda à questão seguinte, assinalando a alternativa correta:

1. (40) Provavelmente você percebeu que as duas opiniões sobre Vargas são opostas, defendendo valores praticamente antagônicos. As diferentes interpretações do papel de uma personalidade histórica podem ser explicadas, conforme uma das opções abaixo. Assinale-a.

(A) Um dos grupos está totalmente errado, uma vez que a permanência no poder depende de idéias coerentes e de uma política contínua.

(B) O grupo que acusa Vargas de ser ditador está totalmente errado. Ele nunca teve uma orientação ideológica favorável aos regimes politicamente fechados e só tomou medidas duras forçado pelas circunstâncias.

(C) Os dois grupos estão certos. Cada um mostra Vargas da forma que serve melhor aos seus interesses, pois ele foi um governante apático e fraco - um verdadeiro marionete nas mãos das elites da época.

(D) O grupo que defende Vargas como um autêntico nacionalista está totalmente enganado. Poucas medidas nacionalizantes foram tomadas para iludir os brasileiros, devido à política populista do varguismo, e ele fazia tudo para agradar aos grupos estrangeiros.

(E) Os dois grupos estão errados, por assumirem características parciais e, às vezes conjunturais, como sendo posturas definitivas e absolutas.

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(ENEM 2007)

São Paulo, 18 de agosto de 1929.

 

Carlos [Drummond de Andrade],

Achei graça e gozei com o seu entusiasmo pela candidatura Getúlio Vargas – João Pessoa. É. Mas veja como estamos... trocados. Esse entusiasmo devia ser meu e sou eu que conservo o ceticismo que deveria ser de você. (...). Eu... eu contemplo numa torcida apenas simpática a candidatura Getúlio Vargas, que antes desejara tanto. Mas pra mim, presentemente, essa candidatura (única aceitável, está claro) fica manchada por essas pazes fragílimas de governistas mineiros, gaúchos, paraibanos (...), com democráticos paulistas (que pararam de atacar o Bernardes) e oposicionistas cariocas e gaúchos. Tudo isso não me entristece. Continuo reconhecendo a existência de males necessários, porém me afasta do meu país e da candidatura Getúlio Vargas. Repito: única aceitável.

Mário [de Andrade]

Renato Lemos. Bem traçadas linhas: a história do Brasil em cartas pessoais. Rio de Janeiro: Bom Texto, 2004, p. 305.

 

2. (20) Acerca da crise política ocorrida em fins da Primeira República, a carta do paulista Mário de Andrade ao mineiro Carlos Drummond de Andrade revela:

(A) a simpatia de Drummond pela candidatura Vargas e o desencanto de Mário de Andrade com as composições políticas sustentadas por Vargas.

(B) a veneração de Drummond e Mário de Andrade ao gaúcho Getúlio Vargas, que se aliou à oligarquia cafeeira de São Paulo.

(C) a concordância entre Mário de Andrade e Drummond quanto ao caráter inovador de Vargas, que fez uma ampla aliança para derrotar a oligarquia mineira.

(D) a discordância entre Mário de Andrade e Drummond sobre a importância da aliança entre Vargas e o paulista Júlio Prestes nas eleições presidenciais.

(E) o otimismo de Mário de Andrade em relação a Getúlio Vargas, que se recusara a fazer alianças políticas para vencer as eleições.

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(ENEM 2009)

O autor da constituição de 1937, Francisco Campos, afirma no seu livro, O Estado Nacional, que o eleitor seria apático; a democracia de partidos conduziria à desordem; a independência do Poder Judiciário acabaria em injustiça e ineficiência; e que apenas o Poder Executivo, centralizado em Getúlio  Vargas, seria capaz de dar racionalidade imparcial ao Estado, pois Vargas teria providencial intuição do bem e da verdade, além de ser um gênio político.

CAMPOS, F. O Estado nacional. Rio de Janeiro: José Olympio, 1940 (adaptado)

3. (61) Segundo as ideias de Francisco Campos,

(A) os eleitores, políticos e juízes seriam mal intencionados.

(B) o governo Vargas seria um mal necessário, mas transitório.

(C) Vargas seria o homem adequado para implantar a democracia de partidos.

(D) a Constituição de 1937 seria a preparação para uma futura democracia liberal.

(E) Vargas seria o homem capaz de exercer o poder de modo inteligente e correto.

 (ENEM 2009)

A partir de 1942 e estendendo-se até o final do Estado Novo, o Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio de Getúlio Vargas falou aos ouvintes da Rádio Nacional semanalmente, por dez minutos, no programa “Hora do Brasil”. O objetivo declarado do governo era esclarecer os trabalhadores acerca das inovações na legislação de proteção ao trabalho.

GOMES, A. C. A invenção do trabalhismo. Rio de Janeiro: IUPERJ / Vértice. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1988 (adaptado).

 

4. (62) Os programas “Hora do Brasil” contribuíram para

(A) conscientizar os trabalhadores de que os direitos sociais foram conquistados por seu esforço, após anos de lutas sindicais.

(B) promover a autonomia dos grupos sociais, por meio de uma linguagem simples e de fácil entendimento.

(C) estimular os movimentos grevistas, que reivindicavam um aprofundamento dos direitos trabalhistas.

(D) consolidar a imagem de Vargas como um governante protetor das massas.

(E) aumentar os grupos de discussão política dos trabalhadores, estimulados pelas palavras do ministro.

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(ENEM 2010)

De março de 1931 a fevereiro de 1940, foram decretadas mais de 150 novas leis de proteção social e de regulamentação do trabalho em todos os seus setores. Todas elas têm sido simplesmente uma dádiva do governo. Desde aí, o trabalhador brasileiro encontra nos quadros do regime o seu verdadeiro lugar.

 

DANTAS, M. A força nacionalizadora do Estado Novo. Rio de Janeiro: DIP, 1942. Apud BERCITO, S. R. Nos tempos de Getúlio: da revolução de 30 ao fim do Estado Novo. São Paulo: Atual, 1990.

 

5. (32) A adoção de novas políticas públicas e as mudanças jurídico-institucionais ocorridas no Brasil, com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder, evidenciam o papel histórico de certas mudanças e a importância das lutas sociais na conquista da cidadania. Desse processo resultou a:

(A)  Criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, que garantiu a autonomia para o exercício de atividades sindicais.

(B)  Legislação previdenciária, que proibiu migrantes de ocuparem cargos de direção nos sindicatos.

(C)  Criação da Justiça, para coibir ideologias consideradas perturbadoras da “harmonia social”.

(D)  Legislação trabalhista que atendeu reivindicações dos operários, garantindo-lhes vários direitos e formas de proteção.

(E)  Decretação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que impediu o controle estatal sobre as atividades políticas da classe operária.

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(ENEM 2011)

Até que ponto, a partir de posturas e interesses diversos, as oligarquias paulista e mineira dominaram a cena política nacional na Primeira República? A união de ambas foi um traço fundamental, mas que não conta toda a história do período. A união foi feita com a preponderância de uma ou de outra das duas frações. Com o tempo, surgiram as discussões e um grande surgiram as discussões e um grande desacerto final.

FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EdUSP, 2004 (adaptado).

 

A imagem de um bem-sucedido acordo café com leite entre São Paulo e Minas, um acordo de alternância de presidência entre os dois estados, não passa de uma idealização de um processo muito mais caótico e cheio de conflitos. Profundas divergências politicas colocavam-nos em confronto por causa de diferentes graus de envolvimento no comércio exterior.

TOPIK, S. A presença do estado na economia política do Brasil de 1889 a 1930.

Rio de Janeiro: Record, 1989 (adaptado).

 

 6. (22) Para a caracterização do processo político durante a Primeira República, utiliza-se com frequência a expressão Política do Café com Leite. No entanto, os textos apresentam a seguinte ressalva a sua utilização:

(A) A riqueza gerada pelo café dava à oligarquia paulista a prerrogativa de indicar os candidatos à presidência, sem necessidade de alianças.

(B) As divisões políticas internas de cada estado da federação invalidavam o uso do conceito de aliança entre estados para este período.

(C) As disputas políticas do período contradiziam a suposta estabilidade da aliança entre mineiros e paulistas.

(D) A centralização do poder no executivo federal impedia a formação de uma aliança duradoura entre as oligarquias.

(E) A diversificação da produção e a preocupação com o mercado interno unificavam os interesses das oligarquias.

 

 

 

 

 

 

 

 (ENEM 2011)

Completamente analfabeto, ou quase, sem assistência médica, não lendo jornais, nem revistas, nas quais se limita a ver figuras, o trabalhador rural, a não ser em casos esporádicos, tem o patrão na conta de benfeitor. No plano político, ele luta com o “coronel” e pelo “coronel”. Aí estão os votos de cabresto, que resultam, em grande parte, da nossa organização econômica rural.

LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa-Ômega, 1978 (adaptado).

7. (18) O coronelismo, fenômeno político da Primeira República (1889-1930), tinha como uma de suas principais características o controle do voto, o que limitava, portanto, o exercício da cidadania. Nesse período, esta prática estava vinculada a uma estrutura social

(A) igualitária, com um nível satisfatório de distribuição da renda.

(B) estagnada, com uma relativa harmonia entre as classes.

(C) tradicional, com a manutenção da escravidão nos engenhos como forma produtiva típica.

(D) ditatorial, perturbada por um constante clima de opressão mantido pelo exército e polícia.

(E) agrária, marcada pela concentração da terra e do poder político local e regional

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(ENEM 2011))

8. (41) A imagem representa as manifestações nas ruas da cidade do Rio de Janeiro, na primeira década do século XX, que integraram a Revolta da Vacina. Considerando o contexto político-social da época, essa revolta revela:    

 

(A) a insatisfação da população com os benefícios de uma modernização urbana autoritária.

(B) a consciência da população pobre sobre a necessidade de vacinação para a erradicação das epidemias.

(C) a garantia do processo democrático instaurado com a República, através da defesa da liberdade de expressão da população.

(D) o planejamento do governo republicano na área de saúde, que abrangia a população em geral.

(E) o apoio ao governo republicano pela atitude de vacinar toda a população em vez de privilegiar a elite.

 

 

 

 

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(ENEM 2012)


Elaborado pelos partidários da Revolução Constitucionalista de 1932, o cartaz ao lado apresentado pretendia mobilizar a população paulista contra o governo federal.

 

9.(19) Essa mobilização utilizou-se de uma referência histórica, associando o processo revolucionário:

 

(A)  À experiência francesa, expressa no chamado à luta contra a ditadura.

(B)  Aos ideais republicanos, indicados no destaque à bandeira paulista.

(C)  Ao protagonismo das Forças Armadas, representadas pelo militar que empunha a bandeira.

(D)  Ao bandeirantismo, símbolo paulista apresentado em primeiro plano.

(E)  Ao papel figurativo de Vargas na política, enfatizado pela pequenez de sua figura no cartaz.

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