2° ANO Cap. III
Revoluções nas Américas (p.47-p.63)
1.
Revolução Americana: a primeira
independência (p.48-p.52)
No
século XVIII o primeiro movimento de mudanças ocorreu nas Américas: explodiu
nas Treze Colônias inglesas da América do Norte, que romperam com o
colonialismo mercantilista.
A partir
de 1760 o governo inglês implantou uma escalada de taxações sobre a sua colônia
na América. Os colonos reagiram, e o conflito ganhou grande impulso com a Lei
do Chá de 1773, que previa o monopólio desse produto por uma companhia inglesa.
Em 5 de
setembro de 1774, a maioria dos representantes das colônias apoiaram o
rompimento do comércio com a Inglaterra. A declaração de guerra era questão de
tempo.
1.1 A
Declaração de Independência (p.50-p.52)
Em 10
de maio de 1775, o exército revolucionário foi entregue à George Washington. Em
4 de julho de 1776 Thomas Jefferson deu forma final ao texto da declaração da Independência.
A guerra foi longa. Os triunfos dos rebeldes multiplicaram, contando com o
apoio de tropas francesas, holandesas e até espanholas.
Em 1783
foi assinado o Tratado de Paris, no qual o governo inglês reconheceu a
independência das Treze Colônias.
Em
1787, aprovou-se a Constituição dos Estados Unidos da América, estabelecendo um
regime republicano presidencial e federalista, sem negar o direito dos estados
membros da União de terem constituições próprias.
O
direito a voto era somente dos homens brancos, sendo censitário, e excluindo as
mulheres e escravos. A escravidão foi mantida.
2.
(3) As independências
hispano-americanas (p.57-p.61)
Desde a
segunda metade do século XVIII, a Coroa passou a excluir os senhores locais das
altas posições do governo para reserva-los aos espanhóis. Isto causou muitas inquietações
nas colônias espanholas na América.
2.1 O
contexto das independências (p.59)
As
guerras de independência ocorreram no contexto das revoluções europeias,
sobretudo durante a fase napoleônica.
Nesse
momento, as colônias espanholas viviam uma fase de virtual liberdade econômica,
uma vez que a Inglaterra passou a ser o grande parceiro comercial da América
espanhola.
2.2 Os
movimentos avançam (p.60-p.61)
A
partir de 1810, os conflitos armados estouraram em várias partes da América.
Destacaram
importantes líderes miliares, que ficaram celebrizados como os Libertadores: José de San Martín; Bernardo
O’Higgins; Antônio José de Sucre.
A independência
do México só veio em 1821, em decorrência da Revolução Liberal na Espanha. As
elites coloniais, temendo que o liberalismo se alastrasse pela região, fizeram
uma independência conservadora e antiliberal, adotando o regime monárquico.
Na
América do Sul, o Peru somente alcançou a independência em 1824. A Bolívia
somente em 1825.
No
conjunto, os movimentos pela independência na América espanhola tiveram forte
caráter de guerra civil. Facções locais e regionais lutaram aguerridamente pelo
poder, esfacelando a estrutura político-administrativa dos vice reinos e
capitanias gerais. Em todos os casos, a solução política foi o regime republicano,
com exceção (temporária) do México.
A
escravidão foi abolida de imediato somente nos países onde não tinha
importância econômica, como a atual Argentina. O lema da “liberdade, igualdade
e fraternidade” foi varrido das independências hispano-americanas. Os
movimentos populares com bandeiras “jacobinas” ou indígenas foram exemplarmente
massacrados.
3.
(4) Bolívar e o pan-americanismo
(p.62)
A única
liderança hispano-americana que esboçou um plano de unificação da América
espanhola, ainda que limitado, foi Simón Bolívar, conhecido como Libertador. Em 1815, o exército chamado
de bolivariano consolidou a independência na Colômbia e na Venezuela e se
alastrou para o Alto Peru, dando origem ao Equador e, mais tarde, à Bolívia.
Há exagero
quando se afirma o pan-americanismo, quando muito ele ambicionava a união das
antigas colônias hispano-americanas a partir da Gran Colombia.
O
próprio Bolívar deu um tom de conservadorismo, em discurso de 1819, ao defender
que o Estado deveria ser controlado pelas classes decentes, isto é, os
proprietários de terras e comerciantes, com o poder executivo forte e o legislativo
formado a partir do voto censitário, excluindo os pobres.
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