sexta-feira, 17 de maio de 2013


2° ANO Cap. III Revoluções nas Américas (p.47-p.63)

1.      Revolução Americana: a primeira independência (p.48-p.52)

No século XVIII o primeiro movimento de mudanças ocorreu nas Américas: explodiu nas Treze Colônias inglesas da América do Norte, que romperam com o colonialismo mercantilista.

A partir de 1760 o governo inglês implantou uma escalada de taxações sobre a sua colônia na América. Os colonos reagiram, e o conflito ganhou grande impulso com a Lei do Chá de 1773, que previa o monopólio desse produto por uma companhia inglesa.

Em 5 de setembro de 1774, a maioria dos representantes das colônias apoiaram o rompimento do comércio com a Inglaterra. A declaração de guerra era questão de tempo.

1.1  A Declaração de Independência (p.50-p.52)

Em 10 de maio de 1775, o exército revolucionário foi entregue à George Washington. Em 4 de julho de 1776 Thomas Jefferson deu forma final ao texto da declaração da Independência. A guerra foi longa. Os triunfos dos rebeldes multiplicaram, contando com o apoio de tropas francesas, holandesas e até espanholas.

Em 1783 foi assinado o Tratado de Paris, no qual o governo inglês reconheceu a independência das Treze Colônias.

Em 1787, aprovou-se a Constituição dos Estados Unidos da América, estabelecendo um regime republicano presidencial e federalista, sem negar o direito dos estados membros da União de terem constituições próprias.

O direito a voto era somente dos homens brancos, sendo censitário, e excluindo as mulheres e escravos. A escravidão foi mantida.

2.      (3) As independências hispano-americanas (p.57-p.61)

Desde a segunda metade do século XVIII, a Coroa passou a excluir os senhores locais das altas posições do governo para reserva-los aos espanhóis. Isto causou muitas inquietações nas colônias espanholas na América.

2.1  O contexto das independências (p.59)

As guerras de independência ocorreram no contexto das revoluções europeias, sobretudo durante a fase napoleônica.

Nesse momento, as colônias espanholas viviam uma fase de virtual liberdade econômica, uma vez que a Inglaterra passou a ser o grande parceiro comercial da América espanhola.

2.2  Os movimentos avançam (p.60-p.61)

A partir de 1810, os conflitos armados estouraram em várias partes da América.

Destacaram importantes líderes miliares, que ficaram celebrizados como os Libertadores: José de San Martín; Bernardo O’Higgins; Antônio José de Sucre.

A independência do México só veio em 1821, em decorrência da Revolução Liberal na Espanha. As elites coloniais, temendo que o liberalismo se alastrasse pela região, fizeram uma independência conservadora e antiliberal, adotando o regime monárquico.

Na América do Sul, o Peru somente alcançou a independência em 1824. A Bolívia somente em 1825.

No conjunto, os movimentos pela independência na América espanhola tiveram forte caráter de guerra civil. Facções locais e regionais lutaram aguerridamente pelo poder, esfacelando a estrutura político-administrativa dos vice reinos e capitanias gerais. Em todos os casos, a solução política foi o regime republicano, com exceção (temporária) do México.

A escravidão foi abolida de imediato somente nos países onde não tinha importância econômica, como a atual Argentina. O lema da “liberdade, igualdade e fraternidade” foi varrido das independências hispano-americanas. Os movimentos populares com bandeiras “jacobinas” ou indígenas foram exemplarmente massacrados.

3.      (4) Bolívar e o pan-americanismo (p.62)

A única liderança hispano-americana que esboçou um plano de unificação da América espanhola, ainda que limitado, foi Simón Bolívar, conhecido como Libertador. Em 1815, o exército chamado de bolivariano consolidou a independência na Colômbia e na Venezuela e se alastrou para o Alto Peru, dando origem ao Equador e, mais tarde, à Bolívia.

Há exagero quando se afirma o pan-americanismo, quando muito ele ambicionava a união das antigas colônias hispano-americanas a partir da Gran Colombia.

O próprio Bolívar deu um tom de conservadorismo, em discurso de 1819, ao defender que o Estado deveria ser controlado pelas classes decentes, isto é, os proprietários de terras e comerciantes, com o poder executivo forte e o legislativo formado a partir do voto censitário, excluindo os pobres.

 

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