Avaliação
de História 3° Ano Professor: Rodrigo André de Carvalho Nota: __________
Nome (completo):___________________________________________Turma:_________
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(ENEM 98)
A figura de
Getúlio Vargas, como personagem histórica, é bastante polêmica, devido à
complexidade e à magnitude de suas ações como presidente do Brasil durante um
longo período de quinze anos (1930- 1945). Foram anos de grandes e importantes
mudanças para o país e para o mundo. Pode-se perceber o destaque dado a Getúlio
Vargas pelo simples fato de este período ser conhecido no Brasil como a "Era
Vargas".
Entretanto,
Vargas não é visto de forma favorável por todos. Se muitos o consideram como um
fervoroso nacionalista, um progressista ativo e o "Pai dos Pobres",
existem outros tantos que o definem como ditador oportunista, um
intervencionista e amigo das elites.
Considerando as
colocações acima, responda à questão seguinte, assinalando a alternativa
correta:
1. (40)
Provavelmente você percebeu que as duas opiniões sobre Vargas são opostas,
defendendo valores praticamente antagônicos. As diferentes interpretações do
papel de uma personalidade histórica podem ser explicadas, conforme uma das
opções abaixo. Assinale-a.
(A) Um dos grupos
está totalmente errado, uma vez que a permanência no poder depende de idéias coerentes
e de uma política contínua.
(B) O grupo que
acusa Vargas de ser ditador está totalmente errado. Ele nunca teve uma
orientação ideológica favorável aos regimes politicamente fechados e só tomou
medidas duras forçado pelas circunstâncias.
(C) Os dois grupos
estão certos. Cada um mostra Vargas da forma que serve melhor aos seus
interesses, pois ele foi um governante apático e fraco - um verdadeiro
marionete nas mãos das elites da época.
(D) O grupo que
defende Vargas como um autêntico nacionalista está totalmente enganado. Poucas medidas
nacionalizantes foram tomadas para iludir os brasileiros, devido à política
populista do varguismo, e ele fazia tudo para agradar aos grupos estrangeiros.
(E) Os dois grupos
estão errados, por assumirem características parciais e, às vezes conjunturais,
como sendo posturas definitivas e absolutas.
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(ENEM 2007)
São
Paulo, 18 de agosto de 1929.
Carlos
[Drummond de Andrade],
Achei graça e
gozei com o seu entusiasmo pela candidatura Getúlio Vargas – João Pessoa. É.
Mas veja como estamos... trocados. Esse entusiasmo devia ser meu e sou eu que
conservo o ceticismo que deveria ser de você. (...). Eu... eu contemplo numa
torcida apenas simpática a candidatura Getúlio Vargas, que antes desejara
tanto. Mas pra mim, presentemente, essa candidatura (única aceitável, está
claro) fica manchada por essas pazes fragílimas de governistas mineiros,
gaúchos, paraibanos (...), com democráticos paulistas (que pararam de atacar o
Bernardes) e oposicionistas cariocas e gaúchos. Tudo isso não me entristece.
Continuo reconhecendo a existência de males necessários, porém me afasta do meu
país e da candidatura Getúlio Vargas. Repito: única aceitável.
Mário
[de Andrade]
Renato Lemos. Bem traçadas linhas: a história do Brasil em
cartas pessoais. Rio de Janeiro: Bom Texto, 2004, p. 305.
2. (20) Acerca
da crise política ocorrida em fins da Primeira República, a carta do paulista
Mário de Andrade ao mineiro Carlos Drummond de Andrade revela:
(A) a simpatia de
Drummond pela candidatura Vargas e o desencanto de Mário de Andrade com as composições
políticas sustentadas por Vargas.
(B) a veneração de
Drummond e Mário de Andrade ao gaúcho Getúlio Vargas, que se aliou à oligarquia
cafeeira de São Paulo.
(C) a concordância
entre Mário de Andrade e Drummond quanto ao caráter inovador de Vargas, que fez
uma ampla aliança para derrotar a oligarquia mineira.
(D) a discordância
entre Mário de Andrade e Drummond sobre a importância da aliança entre Vargas e
o paulista Júlio Prestes nas eleições presidenciais.
(E) o otimismo de
Mário de Andrade em relação a Getúlio Vargas, que se recusara a fazer alianças
políticas para vencer as eleições.
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(ENEM 2009)
O
autor da constituição de 1937, Francisco Campos, afirma no seu livro, O Estado
Nacional, que o eleitor seria apático; a democracia de partidos conduziria à desordem;
a independência do Poder Judiciário acabaria em injustiça e ineficiência; e que
apenas o Poder Executivo, centralizado em Getúlio Vargas, seria capaz de dar racionalidade
imparcial ao Estado, pois Vargas teria providencial intuição do bem e da
verdade, além de ser um gênio político.
CAMPOS, F. O Estado nacional. Rio de Janeiro: José Olympio,
1940 (adaptado)
3. (61) Segundo
as ideias de Francisco Campos,
(A) os eleitores,
políticos e juízes seriam mal intencionados.
(B) o governo Vargas
seria um mal necessário, mas transitório.
(C) Vargas seria o homem
adequado para implantar a democracia de partidos.
(D) a Constituição
de 1937 seria a preparação para uma futura democracia liberal.
(E) Vargas seria o
homem capaz de exercer o poder de modo inteligente e correto.
(ENEM
2009)
A
partir de 1942 e estendendo-se até o final do Estado Novo, o Ministro do
Trabalho, Indústria e Comércio de Getúlio Vargas falou aos ouvintes da Rádio
Nacional semanalmente, por dez minutos, no programa “Hora do Brasil”. O
objetivo declarado do governo era esclarecer os trabalhadores acerca das
inovações na legislação de proteção ao trabalho.
GOMES, A. C. A invenção do trabalhismo. Rio de
Janeiro: IUPERJ / Vértice. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1988 (adaptado).
4. (62) Os
programas “Hora do Brasil” contribuíram para
(A) conscientizar
os trabalhadores de que os direitos sociais foram conquistados por seu esforço,
após anos de lutas sindicais.
(B) promover a
autonomia dos grupos sociais, por meio de uma linguagem simples e de fácil
entendimento.
(C) estimular os
movimentos grevistas, que reivindicavam um aprofundamento dos direitos
trabalhistas.
(D) consolidar a
imagem de Vargas como um governante protetor das massas.
(E) aumentar os grupos
de discussão política dos trabalhadores, estimulados pelas palavras do
ministro.
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(ENEM 2010)
De
março de 1931 a fevereiro de 1940, foram decretadas mais de 150 novas leis de
proteção social e de regulamentação do trabalho em todos os seus setores. Todas
elas têm sido simplesmente uma dádiva do governo. Desde aí, o trabalhador
brasileiro encontra nos quadros do regime o seu verdadeiro lugar.
DANTAS, M. A força nacionalizadora do Estado Novo. Rio de
Janeiro: DIP, 1942. Apud BERCITO, S. R. Nos
tempos de Getúlio: da revolução de 30 ao fim do Estado Novo. São Paulo:
Atual, 1990.
5. (32) A adoção de novas
políticas públicas e as mudanças jurídico-institucionais ocorridas no Brasil,
com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder, evidenciam o papel histórico de
certas mudanças e a importância das lutas sociais na conquista da cidadania.
Desse processo resultou a:
(A) Criação do Ministério do
Trabalho, Indústria e Comércio, que garantiu a autonomia para o exercício de
atividades sindicais.
(B) Legislação previdenciária, que
proibiu migrantes de ocuparem cargos de direção nos sindicatos.
(C) Criação da Justiça, para coibir
ideologias consideradas perturbadoras da “harmonia social”.
(D) Legislação trabalhista que
atendeu reivindicações dos operários, garantindo-lhes vários direitos e formas
de proteção.
(E) Decretação da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT), que impediu o controle estatal sobre as atividades
políticas da classe operária.
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(ENEM 2011)
Até que ponto, a partir de
posturas e interesses diversos, as oligarquias paulista e mineira dominaram a
cena política nacional na Primeira República? A união de ambas foi um traço
fundamental, mas que não conta toda a história do período. A união foi feita
com a preponderância de uma ou de outra das duas frações. Com o tempo, surgiram
as discussões e um grande surgiram as discussões e um grande desacerto final.
FAUSTO, B.
História do Brasil. São Paulo: EdUSP, 2004 (adaptado).
A imagem de um bem-sucedido
acordo café com leite entre São Paulo e Minas, um acordo de alternância de presidência
entre os dois estados, não passa de uma idealização de um processo muito mais
caótico e cheio de conflitos. Profundas divergências politicas colocavam-nos em
confronto por causa de diferentes graus de envolvimento no comércio exterior.
TOPIK, S. A
presença do estado na economia política do Brasil de 1889 a 1930.
Rio de Janeiro:
Record, 1989 (adaptado).
6. (22) Para a caracterização do processo
político durante a Primeira República, utiliza-se com frequência a expressão
Política do Café com Leite. No entanto, os textos apresentam a seguinte
ressalva a sua utilização:
(A) A riqueza gerada pelo café dava
à oligarquia paulista a prerrogativa de indicar os candidatos à presidência, sem
necessidade de alianças.
(B) As divisões políticas internas
de cada estado da federação invalidavam o uso do conceito de aliança entre
estados para este período.
(C) As disputas políticas do período
contradiziam a suposta estabilidade da aliança entre mineiros e paulistas.
(D) A centralização do poder no
executivo federal impedia a formação de uma aliança duradoura entre as
oligarquias.
(E) A diversificação da produção e a
preocupação com o mercado interno unificavam os interesses das oligarquias.
(ENEM
2011)
Completamente analfabeto, ou
quase, sem assistência médica, não lendo jornais, nem revistas, nas quais se
limita a ver figuras, o trabalhador rural, a não ser em casos esporádicos, tem
o patrão na conta de benfeitor. No plano político, ele luta com o “coronel” e pelo
“coronel”. Aí estão os votos de cabresto, que resultam, em grande parte, da
nossa organização econômica rural.
LEAL, V. N.
Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa-Ômega, 1978 (adaptado).
7. (18) O coronelismo, fenômeno político
da Primeira República (1889-1930), tinha como uma de suas principais características
o controle do voto, o que limitava, portanto, o exercício da cidadania. Nesse
período, esta prática estava vinculada a uma estrutura social
(A) igualitária, com um nível
satisfatório de distribuição da renda.
(B) estagnada, com uma relativa
harmonia entre as classes.
(C) tradicional, com a manutenção da
escravidão nos engenhos como forma produtiva típica.
(D) ditatorial, perturbada por um
constante clima de opressão mantido pelo exército e polícia.
(E) agrária, marcada pela
concentração da terra e do poder político local e regional
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(ENEM 2011))
8. (41) A imagem representa as
manifestações nas ruas da cidade do Rio de Janeiro, na primeira década do
século XX, que integraram a Revolta da Vacina. Considerando o contexto
político-social da época, essa revolta revela:
(A) a insatisfação da população com
os benefícios de uma modernização urbana autoritária.
(B) a consciência da população pobre
sobre a necessidade de vacinação para a erradicação das epidemias.
(C) a garantia do processo
democrático instaurado com a República, através da defesa da liberdade de expressão
da população.
(D) o planejamento do governo
republicano na área de saúde, que abrangia a população em geral.
(E) o apoio ao governo republicano
pela atitude de vacinar toda a população em vez de privilegiar a elite.
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(ENEM 2012)
Elaborado
pelos partidários da Revolução Constitucionalista de 1932, o cartaz ao lado apresentado
pretendia mobilizar a população paulista contra o governo federal.
9.(19) Essa mobilização
utilizou-se de uma referência histórica, associando o processo revolucionário:
(A) À experiência francesa, expressa
no chamado à luta contra a ditadura.
(B) Aos ideais republicanos,
indicados no destaque à bandeira paulista.
(C) Ao protagonismo das Forças
Armadas, representadas pelo militar que empunha a bandeira.
(D) Ao bandeirantismo, símbolo
paulista apresentado em primeiro plano.
(E) Ao papel figurativo de Vargas na
política, enfatizado pela pequenez de sua figura no cartaz.