2° ANO Cap. VI “O capitalismo e marcha: a
Revolução Industrial” (p.108-p.1127)
1.
O que foi a Revolução Industrial? (p.109-p.110)
·
Denomina-se
Revolução Industrial as transformações econômicas ocorridas na Inglaterra a
partir das últimas décadas do século XVIII, tempo em que a máquina a vapor
passou a ser sistematicamente utilizada na produção de mercadorias, em especial
na fabricação de tecidos, na mineração e na metalurgia.
·
Essas mudanças
não foram rápidas: ocorriam desde o início da Época Moderna. A expansão
marítima dos séculos XV e XVI havia colocado em contato povos de regiões muito
distantes do mundo.
·
Pode-se
considerar dois momentos da Revolução Industrial:
1°)
Primeira revolução Industrial: compreendida entre fins do século XVIII e a
década de 1830. O foco foi a renovação do sistema fabril ligado à produção de
tecidos de algodão.
2°) Segunda
Revolução industrial: cujo apogeu ocorreu a partir de 1850 e é caracterizada
pelo avanço da metalurgia, sobretudo da indústria do ferro, e pela construção
de ferrovias.
2.
Os motivos do pioneirismo inglês
(p.110-p.118)
1°) O cercamento (p.112-p.113)
·
Em
1700, estima-se que metade das terras cultiváveis inglesas ainda era utilizada
por meio da exploração dos campos comuns. Ao fim do século XVIII, elas
praticamente já não existiam. O fim das terras comuns e o cercamento dos campos
concentraram a propriedade fundiária nas mãos de cada vez menos pessoas.
2°) Farta mão de obra (p.115)
·
O
cercamento dos campos foi elemento decisivo, embora não o único, para o
desenvolvimento da indústria, porque estimulou o avanço da agricultura e o
consequente aumento da produtividade agrícola, facilitando a produção de
matéria-prima para as fábricas.
3°) Redes fluviais (p.115-p.116)
·
O pioneirismo
inglês na industrialização ocorreu, ainda, devido à existência prévia de vias
fluviais que facilitavam a comunicação interna. Elas permitiram um rápido e
eficiente sistema de transportes entre o interior e os portos marítimos.
4°) O papel da máquina a vapor (p.116-p.117)
·
Desde o
século XVI, o vapor era visto como possibilidade de fonte de energia na
exploração do ferro e do carvão, em especial para bombear as águas que com
frequência inundavam as minas. Mas a grande novidade, mesmo foi o uso do vapor
para impulsionar máquinas têxteis. Esta tecnologia
foi melhorada e totalmente desenvolvida em 1785 pelos sócios James Watt e Matthew
Boulton. Abriu-se definitivamente o caminho para um sistema novo de produção,
desta vez em grande escala.
·
Em
resumo, o fato de a Revolução Industrial ter ocorrido especialmente na
Inglaterra não pode ser atribuído somente a um aspecto, mas a um conjunto
deles. E, como todo processo histórico, não ocorreu de uma hora para outra, nem
se estendeu a todas as regiões inglesas naquele momento. Embora restrita a
alguns produtos e centralizada a certas regiões, a Revolução Industrial
transformou a Inglaterra na principal economia do mundo.
3.
(5) A nova divisão do trabalho (p.119-p.120)
·
Com a
utilização cada vez maior da fiandeira hidráulica, inacessível aos camponeses,
as fábricas de fiação se multiplicaram, mantendo um ritmo de trabalho diário e
ininterrupto. Tradicionalmente, eram mulheres e crianças os principais
trabalhadores domésticos da fiação. E os negociantes mantiveram o emprego dessa
força de trabalho em suas fábricas, cuja disciplina era, como era de se esperar,
muito mais rigorosa do que a existente no sistema de produção doméstico.
As
cidades crescem (p.119)
·
Entre
os séculos XVII e XIX, as formas de trabalho se transformaram radicalmente.
Milhares de trabalhadores, principalmente mulheres e crianças, concentravam-se
em fábricas, sob um regime de serviço intenso e rigoroso. Sem uma regulamentação
específica, calcula-se que a jornada diária de trabalho era superior a 12
horas.
·
Na
fábrica, os operários atuavam somente em uma etapa da produção – uma mudança
radical na forma de realizar o seu trabalho. Em outras palavras, o processo
produtivo nas fábricas tendia a se fragmentar: estava em curso uma nova divisão
do trabalho.
4.
(6) A defesa do livre-comércio (p.121-123)
·
Em
meados do século XVIII, na França, apareceram os primeiros estudos ou reflexões
que criticavam as políticas mercantilistas dos Estados europeus. Eram os
fisiocratas franceses, que se autodenominavam économistes, entre eles o médico François Quesnay.
O
Liberalismo (p.121-p.122)
·
Contemporâneo
dos fisiocratas e por eles influenciado, o escocês Adam Smith foi o mais
prestigiado dos teóricos do liberalismo econômico, em oposição às teorias
mercantilistas.
·
Adam Smith
seguiu a linha dos fisiocratas franceses na crítica ao mercantilismo.
·
O
principal livro de Adam Smith, A riqueza
das nações, foi sucesso imediato.
·
Em termos
teóricos, os ingleses foram os mais ardorosos defensores do livre-comércio,
sobretudo porque suas mercadorias –principalmente o tecidos de algodão – não encontravam
concorrentes no mundo.
·
Não
resta dúvida, portanto, de que as teorias do liberalismo econômico foram um
grande estímulo à iniciativa privada na Inglaterra e à formação do futuro
império britânico.
Conceitos:
·
Fisiocracia:
é o nome dado à primeira escola de economia científica, surgida no século
XVIII.
·
Mercantilismo:
é o nome dado a um conjunto de práticas econômicas desenvolvido na Europa na
Idade Moderna, entre o século XV e o final do século XVIII. Seus princípios
são: Metalismo, Incentivos às manufaturas, Protecionismo alfandegário, Balança
comercial favorável, Sistema colonial.
·
Liberalismo:
é uma doutrina que se
baseia na defesa das iniciativas individuais e que procura limitar a
intervenção do Estado na vida económica, social e cultural. Trata-se
de um sistema filosófico e político que promove as liberdades civis e que se
opõe ao despotismo. A democracia representativa e os princípios republicanos
têm por base as doutrinas liberais.
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