segunda-feira, 24 de junho de 2013


2° ANO Cap. VI “O capitalismo e marcha: a Revolução Industrial” (p.108-p.1127)

1.      O que foi a Revolução Industrial? (p.109-p.110)

·         Denomina-se Revolução Industrial as transformações econômicas ocorridas na Inglaterra a partir das últimas décadas do século XVIII, tempo em que a máquina a vapor passou a ser sistematicamente utilizada na produção de mercadorias, em especial na fabricação de tecidos, na mineração e na metalurgia.

·         Essas mudanças não foram rápidas: ocorriam desde o início da Época Moderna. A expansão marítima dos séculos XV e XVI havia colocado em contato povos de regiões muito distantes do mundo.

·         Pode-se considerar dois momentos da Revolução Industrial:

1°) Primeira revolução Industrial: compreendida entre fins do século XVIII e a década de 1830. O foco foi a renovação do sistema fabril ligado à produção de tecidos de algodão.

2°) Segunda Revolução industrial: cujo apogeu ocorreu a partir de 1850 e é caracterizada pelo avanço da metalurgia, sobretudo da indústria do ferro, e pela construção de ferrovias.

 

2.      Os motivos do pioneirismo inglês (p.110-p.118)

1°) O cercamento (p.112-p.113)

·         Em 1700, estima-se que metade das terras cultiváveis inglesas ainda era utilizada por meio da exploração dos campos comuns. Ao fim do século XVIII, elas praticamente já não existiam. O fim das terras comuns e o cercamento dos campos concentraram a propriedade fundiária nas mãos de cada vez menos pessoas.

2°) Farta mão de obra (p.115)

·         O cercamento dos campos foi elemento decisivo, embora não o único, para o desenvolvimento da indústria, porque estimulou o avanço da agricultura e o consequente aumento da produtividade agrícola, facilitando a produção de matéria-prima para as fábricas.

3°) Redes fluviais (p.115-p.116)

·         O pioneirismo inglês na industrialização ocorreu, ainda, devido à existência prévia de vias fluviais que facilitavam a comunicação interna. Elas permitiram um rápido e eficiente sistema de transportes entre o interior e os portos marítimos.

4°)  O papel da máquina a vapor (p.116-p.117)

·         Desde o século XVI, o vapor era visto como possibilidade de fonte de energia na exploração do ferro e do carvão, em especial para bombear as águas que com frequência inundavam as minas. Mas a grande novidade, mesmo foi o uso do vapor para impulsionar máquinas têxteis.  Esta tecnologia foi melhorada e totalmente desenvolvida em 1785 pelos sócios James Watt e Matthew Boulton. Abriu-se definitivamente o caminho para um sistema novo de produção, desta vez em grande escala.

·         Em resumo, o fato de a Revolução Industrial ter ocorrido especialmente na Inglaterra não pode ser atribuído somente a um aspecto, mas a um conjunto deles. E, como todo processo histórico, não ocorreu de uma hora para outra, nem se estendeu a todas as regiões inglesas naquele momento. Embora restrita a alguns produtos e centralizada a certas regiões, a Revolução Industrial transformou a Inglaterra na principal economia do mundo.

 

3.      (5) A nova divisão do trabalho (p.119-p.120)

·         Com a utilização cada vez maior da fiandeira hidráulica, inacessível aos camponeses, as fábricas de fiação se multiplicaram, mantendo um ritmo de trabalho diário e ininterrupto. Tradicionalmente, eram mulheres e crianças os principais trabalhadores domésticos da fiação. E os negociantes mantiveram o emprego dessa força de trabalho em suas fábricas, cuja disciplina era, como era de se esperar, muito mais rigorosa do que a existente no sistema de produção doméstico.

As cidades crescem (p.119)

·         Entre os séculos XVII e XIX, as formas de trabalho se transformaram radicalmente. Milhares de trabalhadores, principalmente mulheres e crianças, concentravam-se em fábricas, sob um regime de serviço intenso e rigoroso. Sem uma regulamentação específica, calcula-se que a jornada diária de trabalho era superior a 12 horas.

·         Na fábrica, os operários atuavam somente em uma etapa da produção – uma mudança radical na forma de realizar o seu trabalho. Em outras palavras, o processo produtivo nas fábricas tendia a se fragmentar: estava em curso uma nova divisão do trabalho.

 

4.      (6) A defesa do livre-comércio (p.121-123)

·         Em meados do século XVIII, na França, apareceram os primeiros estudos ou reflexões que criticavam as políticas mercantilistas dos Estados europeus. Eram os fisiocratas franceses, que se autodenominavam économistes, entre eles o médico François Quesnay.

O Liberalismo (p.121-p.122)

·         Contemporâneo dos fisiocratas e por eles influenciado, o escocês Adam Smith foi o mais prestigiado dos teóricos do liberalismo econômico, em oposição às teorias mercantilistas.

·         Adam Smith seguiu a linha dos fisiocratas franceses na crítica ao mercantilismo.

·         O principal livro de Adam Smith, A riqueza das nações, foi sucesso imediato.

·         Em termos teóricos, os ingleses foram os mais ardorosos defensores do livre-comércio, sobretudo porque suas mercadorias –principalmente o tecidos de algodão – não encontravam concorrentes no mundo.

·         Não resta dúvida, portanto, de que as teorias do liberalismo econômico foram um grande estímulo à iniciativa privada na Inglaterra e à formação do futuro império britânico.

 

Conceitos:

·         Fisiocracia: é o nome dado à primeira escola de economia científica, surgida no século XVIII.

·         Mercantilismo: é o nome dado a um conjunto de práticas econômicas desenvolvido na Europa na Idade Moderna, entre o século XV e o final do século XVIII. Seus princípios são: Metalismo, Incentivos às manufaturas, Protecionismo alfandegário, Balança comercial favorável, Sistema colonial.

·         Liberalismo: é uma doutrina que se baseia na defesa das iniciativas individuais e que procura limitar a intervenção do Estado na vida económica, social e cultural. Trata-se de um sistema filosófico e político que promove as liberdades civis e que se opõe ao despotismo. A democracia representativa e os princípios republicanos têm por base as doutrinas liberais.

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