segunda-feira, 24 de junho de 2013


2° ANO Cap. XV “O Imperialismo ataca o mundo” (p.302-p.324)

1.      O que é o imperialismo? (p.303-p.307)

·         Durante o século XIX, a palavra imperialismo foi usada para identificar a política de colonização ou tutela da Grã-Bretanha sobre regiões ou países de outros continentes. Os que defendiam o Império britânico se autodenominavam, com orgulho, imperialistas.

·         Para os imperialistas, a expansão britânica era benéfica para os povos colonizados, em contraste com o que ocorrera nos impérios do passado. A justificativa – ideológica – era de que os ingleses tinham a obrigação moral de levar a “civilização” às partes do mundo que a desconheciam. Muitos interpretavam isso como um sublime e generoso dever.

Raça e evolução:

·         A teoria evolucionista de Darwin foi utilizada ideologicamente pelos imperialistas, ajudando a da base científica ao que ficou conhecido como darwinismo social. Segundo seus defensores, as raças humanas seriam desiguais: algumas geneticamente superiores às outras, sobretudo quanto à inteligência. O darwinismo social desdobrava-se, portanto, na chamada antropologia física ou biológica, característica do século XIX.

·         Obviamente Darwin nunca defendeu tais argumentos. Foram apropriações seletivas e inadequadas de sua teoria evolucionista.

·         A teoria evolucionista sobre as sociedades não foi o motivo do imperialismo, mas os europeus a usaram como justificativa para impor seu domínio.

·         Em resumo, a Antropologia do século XIX era tremendamente racista e influenciou, em grande medida, as doutrinas imperialistas concebidas na Europa ocidental.

Imperialismo e capitalismo:

·         No polo oposto aos que defendiam o imperialismo europeu estavam os intelectuais de esquerda, críticos do capitalismo. Entre eles, destacou-se principalmente o revolucionário russo Vladimir Lênin, autor do livro O imperialismo: fase superior do capitalismo (1916).

·         Como sugere o título do livro, Lênin considerava o imperialismo um estágio avançado do capitalismo, organizado em grandes monopólios. Sua sobrevivência dependeria da expansão para outros territórios fora da Europa, para exportação de capitais.

·         Esse capitalismo avançado, que Lênin chamou de capitalismo monopolista ou imperialista, era diferente daquele analisado por Karl Marx, pois o capital, naquele tempo reproduzia-se simplesmente pela produção de bens para a venda no mercado interno ou externo. Para os países imperialistas, implicava em dominar áreas fornecedoras de matérias-primas, sobretudo aquelas usadas na indústria pesada. Para isso era preciso investir diretamente n economia dos territórios coloniais, segundo os interesses do grande capital das metrópoles europeias.

·         A política imperialista era, assim, a base desse novo colonialismo, que resultou na partilha da África e da Ásia e possuía um sentido muito negativo. Passou a ser, para os socialistas, sinônimo de saque e exploração, causados pela política colonialista das grandes potências.

O Colonialismo:

·         A partir de 1880, a disputa do mundo entre as grandes potências se tornou frenética, e não somente para vender produtos manufaturados por preços mais elevados e comprar, a preço baixo, produtos agrícolas (como o açúcar) ou metais preciosos para cunhar moedas, como ocorria no sistema mercantilista. Nesse novo momento, os países europeus buscavam áreas ricas em matérias-primas, como ferro, carvão, cobre e outros minerais necessários para as indústrias. Buscava-se, ainda, áreas de investimento, onde fosse possível instalar ferrovias e conceder empréstimos a juros altos. Tudo com o alegado objetivo de levar a outros povos os benefícios da civilização ocidental.

·         Muitos historiadores denominam esse fenômeno de corrida imperialista. As áreas cobiçadas pelos países industrializados sofreram pressões e ataques, transformando-se em colônias, protetorados ou domínios.

·         A Inglaterra, maior potência industrial da época, foi a principal beneficiária da corrida imperialista. No final do século XIX, os ingleses chegaram a ter o controle direto sobre um quarto da superfície terrestre. Incluídas as chamadas “áreas de influencia britânica”, cujo domínio era mediado por autoridades locais, quase um terço do planeta estava inserido no poderoso império britânico – o império onde “o Sol nunca se punha”.

·         Em segundo lugar na corrida imperialista, bem abaixo dos britânicos, destacava-se a França, seguida pela Bélgica e a Holanda. A Alemanha saiu muito atrás dos outros, assim como a Itália, por conta dos processos tardios de unificação, finalizados por volta de 1870.

·         O fenômeno do imperialismo ocidentalizou grande parte do mundo, destruindo, modificando ou inferiorizando a cultura de muitos povos.

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