2° ANO Cap. XV “O
Imperialismo ataca o mundo” (p.302-p.324)
1.
O que é o imperialismo?
(p.303-p.307)
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Durante
o século XIX, a palavra imperialismo foi
usada para identificar a política de colonização ou tutela da Grã-Bretanha
sobre regiões ou países de outros continentes. Os que defendiam o Império
britânico se autodenominavam, com orgulho, imperialistas.
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Para
os imperialistas, a expansão britânica era benéfica para os povos colonizados,
em contraste com o que ocorrera nos impérios do passado. A justificativa –
ideológica – era de que os ingleses tinham a obrigação moral de levar a “civilização”
às partes do mundo que a desconheciam. Muitos interpretavam isso como um
sublime e generoso dever.
Raça e evolução:
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A
teoria evolucionista de Darwin foi utilizada ideologicamente pelos imperialistas,
ajudando a da base científica ao que ficou conhecido como darwinismo social. Segundo seus defensores, as raças humanas seriam
desiguais: algumas geneticamente superiores às outras, sobretudo quanto à
inteligência. O darwinismo social desdobrava-se, portanto, na chamada
antropologia física ou biológica, característica do século XIX.
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Obviamente
Darwin nunca defendeu tais argumentos. Foram apropriações seletivas e inadequadas
de sua teoria evolucionista.
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A
teoria evolucionista sobre as sociedades não foi o motivo do imperialismo, mas
os europeus a usaram como justificativa para impor seu domínio.
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Em
resumo, a Antropologia do século XIX era tremendamente racista e influenciou,
em grande medida, as doutrinas imperialistas concebidas na Europa ocidental.
Imperialismo e capitalismo:
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No
polo oposto aos que defendiam o imperialismo europeu estavam os intelectuais de
esquerda, críticos do capitalismo. Entre eles, destacou-se principalmente o revolucionário
russo Vladimir Lênin, autor do livro O
imperialismo: fase superior do capitalismo (1916).
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Como
sugere o título do livro, Lênin considerava o imperialismo um estágio avançado
do capitalismo, organizado em grandes monopólios. Sua sobrevivência dependeria
da expansão para outros territórios fora da Europa, para exportação de
capitais.
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Esse
capitalismo avançado, que Lênin chamou de capitalismo
monopolista ou imperialista, era
diferente daquele analisado por Karl Marx, pois o capital, naquele tempo
reproduzia-se simplesmente pela produção de bens para a venda no mercado
interno ou externo. Para os países imperialistas, implicava em dominar áreas
fornecedoras de matérias-primas, sobretudo aquelas usadas na indústria pesada.
Para isso era preciso investir diretamente n economia dos territórios coloniais,
segundo os interesses do grande capital das metrópoles europeias.
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A
política imperialista era, assim, a base desse novo colonialismo, que resultou
na partilha da África e da Ásia e possuía um sentido muito negativo. Passou a
ser, para os socialistas, sinônimo de saque e exploração, causados pela
política colonialista das grandes potências.
O Colonialismo:
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A
partir de 1880, a disputa do mundo entre as grandes potências se tornou frenética,
e não somente para vender produtos manufaturados por preços mais elevados e
comprar, a preço baixo, produtos agrícolas (como o açúcar) ou metais preciosos
para cunhar moedas, como ocorria no sistema mercantilista. Nesse novo momento,
os países europeus buscavam áreas ricas em matérias-primas, como ferro, carvão,
cobre e outros minerais necessários para as indústrias. Buscava-se, ainda,
áreas de investimento, onde fosse possível instalar ferrovias e conceder empréstimos
a juros altos. Tudo com o alegado objetivo de levar a outros povos os benefícios
da civilização ocidental.
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Muitos
historiadores denominam esse fenômeno de corrida
imperialista. As áreas cobiçadas pelos países industrializados sofreram
pressões e ataques, transformando-se em colônias, protetorados ou domínios.
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A
Inglaterra, maior potência industrial da época, foi a principal beneficiária da
corrida imperialista. No final do século XIX, os ingleses chegaram a ter o
controle direto sobre um quarto da superfície terrestre. Incluídas as chamadas “áreas
de influencia britânica”, cujo domínio era mediado por autoridades locais, quase
um terço do planeta estava inserido no poderoso império britânico – o império onde
“o Sol nunca se punha”.
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Em
segundo lugar na corrida imperialista, bem abaixo dos britânicos, destacava-se
a França, seguida pela Bélgica e a Holanda. A Alemanha saiu muito atrás dos
outros, assim como a Itália, por conta dos processos tardios de unificação,
finalizados por volta de 1870.
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O
fenômeno do imperialismo ocidentalizou grande parte do mundo, destruindo,
modificando ou inferiorizando a cultura de muitos povos.
tem mais naum?
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