2° ANO Cap. VII “Industrializar,
progredir, transformar” (p.128-p.144)
1.
O que é capitalismo? (p.129-.131)
·
Para
Karl Marx só existe capitalismo nas sociedades em que predomina o pagamento de
um salário ao trabalhador. A condição fundamental era o trabalhador ser livre
para vender sua força de trabalho ao proprietário do meios de produção (os instrumentos
de trabalho, as máquinas, a terra etc.)
·
Para
Max Weber o capitalismo é uma economia baseada no mercado, na compra e venda de
mercadorias, independentemente da forma como se organiza a produção dos artigos
comercializados.
·
Tais
teorias mostram interpretações muito diferentes sobre o capitalismo e sua
formação. Enquanto uma valoriza a economia de mercado, a outra destaca as relações
de produção. Mas, em certo sentido, as duas interpretações se tocam em vários
pontos, pois não há capitalismo sem mercado.
2.
Inglaterra: a locomotiva do mundo
(p.131-p.135)
·
No
inicio do século XIX, a Inglaterra era a sociedade mais rica e desenvolvida da
Europa, com uma industrialização em franca expansão.
·
A
novidade da ferrovia, revolucionou os meios de transportes e dinamizou ainda mais
a economia inglesa.
·
Em
um ritmo impressionante, a Inglaterra passou a ser cortada por linhas
ferroviárias, financiadas por capitais privados, sem participação direta do
governo.
·
A
economia inglesa decolou. De 1830 a 1850, as exportações britânicas saltaram de
69 milhões para 170 milhões de libras. A expansão das industrias de base foi
igualmente impressionante.
·
A
predominância nos setores têxteis e
ferroviário permitiu que os ingleses liderassem com folga, entre os europeus, a
corrida em direção a outros continentes.
·
O
século XIX foi o tempo de consolidação da classe operária inglesa – o proletariado.
Cada vez mais afastados das formas domésticas de produção, os trabalhadores se
agrupavam nas grandes fábricas e nas minas de carvão.
·
A
Inglaterra tornou-se, no decorrer do século XIX, o país com maior e mais
poderoso grupo de industriais, que de longe empregavam o maior número de operários
no mundo fabril. Tonou-se, sem trocadilho, a locomotiva do mundo. Os demais
países tiveram de embarcar nesse processo de industrialização.
3.
As ferrovias inglesas rompem
fronteiras (p.135-p.137)
·
Há
quem diga que a ferrovia impulsionou a Revolucionou Industrial, ao encurtar
distâncias e permitir o transporte de mercadorias volumosas e pesadas para regiões
até então nunca alcançadas.
·
Todos
os países do mundo interessados em implantar o sistema de transportes ferroviário
tiveram de apelar para a Inglaterra, único país capaz de um investimento de
tamanha envergadura. Foi assim que os empréstimos, as empresas, os técnicos, as
locomotivas e os ingleses começaram as se espalhar pelo mundo.
·
Houve
investimento inglês em ferrovias em outras partes do mundo. No Brasil, capitais
e engenheiros ingleses implementaram a rede ferroviária.
4.
Correndo atrás: a França
(p.138-p.140)
·
A
Inglaterra se industrializou espontaneamente, sem nenhum planejamento prévio, com
capital privado. O mesmo não ocorreu com os demais países.
·
A
Revolução Francesa, embora tenha destroçado o poder o poder da nobreza e do
clero, aprofundou essa estrutura rural ao conceder terras aos camponeses.
·
Enriquecidos
, os burgueses preferiram adquirir cargos nobiliárquicos ou artigos de luxo,
imitando um estilo de vida aristocrático
que a Revolução de 1789 havia derrubado.
·
A
solução encontrada pelos industriais franceses foi investir no que já era
tradicional no mercado interno: os artigos de luxo consumidos pela burguesia
urbana e pelos proprietários rurais aristocráticos.
·
A
partir da chegada ao poder de Napoleão III (1848), os industriais franceses
passaram a ter reconhecimento público, a ocupar posições no Estado e a influir
nas decisões governamentais. Essa situação levou participação decisiva do
Estado na economia, sobretudo nos anos de 1850, em especial nos investimentos
de infraestrutura.
·
Ao
final do século XIX, os franceses despontaram com potência industrial, a frente
destes somente Inglaterra e a Alemanha.
5.
Correndo atrás: a Alemanha
(p.141-p.143)
·
Foi
lento o processo que levou os mais de trinta estados e cidades livres
existentes na região da Alemanha a formar um Estado unificado. Essa unificação
política alemã, concluída em 1871, resultou, em grande medida, do processo de
industrialização deslanchado na segunda metade do século XIX.
·
Apesar
do espírito conservador, vários Estados germânicos, em particular a Prússia,
apoiaram ou bancaram o estabelecimento de empresas capitalistas, na exploração
de minas e na criação de indústrias.
·
A
união aduaneira em 1834 - a Zollverein
–, a gradual eliminação das barreiras alfandegárias e a centralização das
decisões criou excelentes condições para a industrialização.
·
Nas
primeiras décadas do século XIX, a economia da futura Alemanha estava muito
atrás da Inglaterra e da França.
·
No
decorrer da década de 1840, favorecidos pela união aduaneira, os grandes
proprietários rurais passaram a apoiar a implantação de ferrovias, percebendo
que podiam aumentar suas vendas e lucros.
·
O
sistema ferroviário alemão foi, na verdade, um dos principais responsáveis por
desenvolver a economia dos Estados inseridos no Zollverein.
·
Os
bancos tiveram papel de destaque no investimento de capitais em ferrovias nas
grandes industrias de base e na abertura de minas, em contraste com o que
ocorreu na Inglaterra. A indústria pesada – de bens de capital, como a de metalurgia – foi o
carro-chefe da industrialização, alimentada pelo capital financeiro, com o apoio
do Estado.
·
Após
a unificação da Alemanha, em 1871, intensificou –se ainda mais a construção de
ferrovias com investimento do governo, além do forte protecionismo
alfandegário.
·
O
processo de industrialização alemão, por conta do grande investimento do
Estado, foi denominado de “revolução pelo alto”. Recebeu ainda o nome de “modernização
conservadora”, por não ter removido, como na França, o poder da aristocracia
rural. Ao contrário, a aristocracia junker
comandou o processo.
Legal...belo documentário eu gostei..parabéns!
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