1° ANO Cap. XV “Tempo
das Reformas” (p.246-p.261)
1.
Cristandade em crise
(p.247-p.248)
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No
inicio do século XVI, a Igreja Católica dedicou-se como nunca, à venda de
indulgências. Os vendedores asseguravam que quem pagasse por elas teria seus
pecados mortais abolidos, garantindo seu lugar ao lado de Deus.
·
Martim
Lutero, monge agostiniano, se insurgiu contra a venda de indulgências, embora,
sua crítica fosse mais profunda – expressava uma expectativa de reforma geral da
Igreja de Roma.
2.
Lutero desafia a Igreja (p.249-p.251)
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Lutero
desafiou abertamente a Igreja, criticando não só as indulgências, mas diversos
abusos do clero que afastávamos fiéis da Igreja. Foi o estopim para o inicio do
movimento que acabaria conhecido como Reforma Luterana.
·
Lutero
não desejava chegar ao extremo de romper com a Igreja. Contentava-se com uma
reforma interna, que fosse capaz de aproximar os fiéis da Igreja e doutrina-los
em proveito da salvação espiritual. Mas o alto clero reagiu, exigindo uma
retratação de Lutero, que não apenas desobedeceu à ordem como confirmou suas
posições críticas em relação à Igreja.
·
A
intolerância da Igreja fez Lutero radicalizar suas posições.
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O
pensamento reformista de Lutero pode ser resumido em três doutrinas: a
justificação ou salvação pela fé, o sacerdócio universal, e a infalibilidade da
Bíblia.
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A
doutrina luterana punha em xeque os sacramentos, exceto o batismo e a
eucaristia celebrada na missa.
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Lutero
foi o primeiro a traduzir a Bíblia para uma língua vulgar (falada pelo povo),
no caso, o alemão.
Reforma
Consolidada:
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O
sucesso da Reforma pode ser explicado:
·
1°)
principalmente pela obstinação de Lutero;
·
2°)
a invenção da imprensa;
·
3°)
o apoio dos senhores feudais do Sacro Império.
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Os
seguidores de Lutero foram chamados de “protestantes” por seus adversários
católicos.
3.
A reforma de Calvino
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A
reforma luterana ainda estava no inicio quando surgiu o segundo grande líder da
reforma protestante: o francês João Calvino.
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Calvino
após romper com a Igreja Católica, buscou abrigo na Suíça, onde se dedicou aos
escritos que originaram a segunda versão da Reforma protestante.
·
A
doutrina original de Calvino era a de que todos os cristãos já nasciam
pecadores, cabendo somente a Deus decidir de antemão quais deveriam ser salvos
e quais deveriam penar eternamente no Inferno. Desse modo, para Calvino de nada
valiam as “boas obras”, muito menos os sacramentos. Nada que o cristão fizesse
em sua vida poderia salvar sua alma, que já era predestinada pelo desígnio
divino salvar-se, ou a perder-se. Assim como Lutero, Calvino negou a existência
do Purgatório, estágio considerado intermediário para almas pecadoras aliviarem
suas culpas. Céu ou Inferno eram considerados os únicos destinos possíveis.
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Quanto
aos sacramentos, Calvino aceitou inteiramente apenas o batismo e, em certa
medida, a eucaristia. Ainda assim, não a definiu nos termos do mistério
eucarístico (a transubstanciação). Ele considerava que o pão era somente pão e
o vinho somente vinho.
4.
A expansão do protestantismo
(p.254-p.258)
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A
difusão da Reforma protestante foi extraordinária, produzindo várias correntes
com diversos nomes – quase todas derivadas, em maior ou menor grau, das versões
luterana e calvinista.
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O
fato é que a Reforma protestante rompeu o monopólio da Igreja de Roma no
Ocidente europeu, favoreceu a pulverização de igrejas cristãs, e provocou
conflitos sangrentos. Em toda parte, os seguidores de Roma acusavam os
protestantes de hereges, enquanto estes os tachavam de papistas ou idólatras.
Reforma
anglicana, uma decisão do rei (p.255)
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No
caso da Inglaterra, a Reforma partiu de cima. O rei Henrique VIII fez uma
petição ao Papa para anular o seu casamento e então poder casar com sua amante.
O Papa negou o pedido. Então o rei da Inglaterra rompeu com a Igreja Católica e
se auto proclamou chefe supremo da Igreja e do clero na Inglaterra.
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Os
rituais e a hierarquia permaneceram semelhantes aos da Igreja de Roma.
5.
O sentido da Reforma protestante
(p.258-p.259)
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Muitos
historiadores consideram a existência de uma intima relação entre a Reforma
Protestante e o surgimento do capitalismo, já que os protestantes não
rejeitavam o comercio e a usura, além de enaltecer o trabalho, a poupança e a
riqueza material como sinais da graça divina.
6.
A reação da Igreja de Roma
(p.260-p.261)
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Em
1545, foi o convocado o Concílio de Trento – o mais longo concílio da Igreja
católica, só concluído em 1563.
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O
concílio confirmou todas as tradições católicas, os dogmas, os rituais e o
poder papal.
·
Também
como reação foi fundada Companhia de Jesus (jesuitas) com a missão de buscar
novas almas para a Igreja de Roma.
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