O título desta postagem de História de Sergipe II: " Antes do sergipano ser lavrador, foi pastor", resume bem o que pretendo aqui escrever.
Tal pretensão tem como base a aula inaugural da disciplina de História de Sergipe II da UFS com o prof. Antonio Lindvaldo e no material em que o mesmo indicou-nos para o aprofundamento do tema da colonização da capitania sergipana.
Tanto na aula como no material consultado foi possivel perceber como a historiografia sobre a colonização do território sergipano dividiu-se em duas visões: uma em que sobressai o papel dos criadores de gado, sendo estes chamados de bandeirantes e muito enaltecidos pelos primeiros historiadores como os heróis sergipanos. A outra visão historiográfica, mais recente, e também defendida pelos nosso prof. Antonio Lindvaldo, mostra a importancia dos homens "simples" para a construção da sergipanidade.
No material consultado, e no enfoque dado em aula pelo professor, é possivel também perceber que a sociedade sergipana do final do século XVI ao XVIII poderia ser chamada de a A Sociedade do Couro, haja vista, a importância que o gado e todo os produtos que eram dele extraídos para a tal sociedade de então. Produtos como: calças de couro, chapéus, selas, arreios, bolsas, blusas e etc. No material ainda nos é indicado que estudando estas representações da sociedade sergipana da época, pode-se compreender muito da cultura de então.
Por fim, ao final do estudo percebemos que no decorrer do século XVIII, o trabalho de povoamento e colonização prosseguiu, mas a prosperidade dos engenhos os rebanhos foram empurrados para as terras do agreste e do semiárido.
Assim sendo, primeiro foram os homens criadores de gado os primeiros a serem os colonizadores sergipanos, e somente depois vieram o agricultores com os seus engenhos.... Portanto: "Antes do sergipano ser lavrador, foi pastor".
SOUZA, Antonio Lindvaldo. Temas de História de Sergipe II. São Crsitóvão: Universidade Federal de Sergipe, 2010.
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